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Máquinas e Ferramentas

O dossier “Máquinas e Ferramentas” é composto…

O ser humano sempre foi capaz de utilizar, em proveito próprio, os mais diversos utensílios que coletava no seu dia a dia. Se no início usava os materiais que a natureza lhe proporcionava, madeira, chifres e ossos, rapidamente se apercebeu das suas capacidades para os moldar e confecionar. O homem aguçado pelo engenho, e mais que tudo pela necessidade, foi criando as suas próprias ferramentas de trabalho e de defesa talhando-as por percussão. Com o domínio do fogo e das técnicas de fusão e tratamento do ferro, produção da matéria de que os utensílios eram feitos, produziram-se as primeiras ferramentas muitas das quais ainda são utilizadas atualmente.

Com a utilização da força eólica e dos cursos de água criam-se as primeiras máquinas, engenhos, que foram utilizados, por exemplo, para moer os cereais e regar, produção de energia mecânica. A têxtil, tradicionalmente assente em técnicas antigas, caraterizava-se pela roda de fiar tradicional e a tecelagem manual. Com a introdução da roda de água surgem, por volta de 1760, as primeiras máquinas tendo como fonte de energia a energia hidráulica, onde a transmissão da potência ao longo das instalações têxteis se realizava por veios e polias associadas a rodas de diferentes diâmetros, transmissão de potência e controlo da velocidade de trabalho, surgimento dos teares mecânicos. A utilização do ferro transformou a indústria têxtil, substituição dos materiais convencionais por outro mais resistente, e alavancou a metalurgia transformando-a na indústria mais importante da época. Com o aparecimento da máquina a vapor, idealizada pelo engenheiro escocês James Watt, as máquinas adquiriram autonomia através da produção de energia artificial (utilização do vapor, de combustíveis líquidos ou da eletricidade), proporcionando o desenvolvimento de diversas máquinas, com movimentos mais precisos e ciclos de vida mais longos, operam agora com as mais diversas ferramentas. Estas permitiram criar novas ferramentas bem como meios necessários à produção de novos utensílios, por exemplo os moldes de injeção plástica ou fundição, entre outros. As máquinas são agora um produto da ciência (combinação de tecnologias mecânicas com novos acionamentos), do industrial que a produz e uma extensão do operário que a opera diariamente bem como de um mundo mais global onde as máquinas se interligam entre si e entre todos os setores da empresa. Estas tornaram-se inteligentes integrando-se num mundo em que todas as coisas e seres intercomunicam ao nível da cyber-física, onde surgem ferramentas tão fantásticas como a conceção de peças por deposição de material, onde as máquinas deixaram de ser ilhas isoladas e passam a ser elementos que comunicam e cooperam entre si e com os humanos, em tempo real, onde os serviços internos e organizacionais são oferecidos a todos os participantes da cadeia de valor, a Internet das Coisas (IoT) ou Industrial Internet das Coisas (IIoT).

Com o advento das IoT novos desafios serão colocados às empresas e aos analistas de sistemas que, para além das questões de segurança de pessoas
e equipamentos impostas pela Diretiva Máquina, acrescer-se-á a necessidade da segurança ao nível da cibernética quer no acesso a dados informáticos quer a equipamentos.

Adriano A. Santos

O dossier “Máquinas e Ferramentas” é composto pelos seguintes artigos:

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