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A caminho da eficiência energética (sustentabilidade)

A caminho da eficiência energética (sustentabilidade)

Os desafios e soluções para um futuro sustentável na indústria, a otimização de recursos, a eficiência energética, as boas práticas e a transformação digital ofereceram linhas de reflexão no Fórum da Sustentabilidade que a Endress+Hauser promoveu em Lisboa.

O Fórum da Sustentabilidade organizado pela Endress+Hauser Portugal reuniu na Capital cerca de sete dezenas de gestores, decisores e outros profissionais envolvidos na operação e controlo na indústria de processos. Realizado no dia 25 de Setembro, no Myriad by Sana Hotel, no Parque das Nações, o evento permitiu refletir acerca dos desafios e exigências que as indústrias e as economias em geral enfrentam no caminho aparentemente sem retorno que deverá conduzir a Humanidade, de forma sustentável, a uma meta ideal de neutralidade carbónica. Ou, não sendo possível na forma idealizada e no tempo estimado, pelo menos, a práticas consequentes e regulares mais em harmonia com as necessidades integradas da vida, da economia e do ambiente.

O dia do evento não poderia ter maior carga simbólica pois a 25 de setembro assinala-se, precisamente, o Dia Nacional da Sustentabilidade, instituído em Portugal desde o ano passado por resolução ministerial e que radica nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que as Nações Unidas definiram para o horizonte 2030.

O caminho para a sustentabilidade não é neutro, nem fácil, nem descolável da gestão nas empresas, da qualidade da relação com colaboradores, fornecedores e clientes. Parece relativamente consensual que não há sustentabilidade sem essa componente de racionalidade económica, pois do que se trata é de produzir melhor, com processos mais eficientes, reduzindo a pegada ambiental mas fazendo-o com custos suportáveis e competitivos para as empresas e para as economias.

Na intervenção de abertura, Paulo Loureiro, Diretor-Geral da Endress+Hauser Portugal, partilhou uma visão panorâmica do Grupo de origem suíça, enfatizando a componente sustentável que tem guiado a empresa no seu processo de desenvolvimento.

“Somos uma empresa cujo coração bate pela tecnologia de medição e isso tem uma relação muito importante com a sustentabilidade, seja no uso cuidadoso dos recursos, seja no fornecimento de bens de uma forma segura ou na proteção do ambiente. Produzimos todos os anos 2,9 milhões de sensores para a indústria de processo, para quase 130 países, e isso implica mobilizar muitos recursos. E produzimos regionalmente para cada região. Quando fabricamos na China não é porque é mais barato, mas sim para fornecer o mercado chinês reduzindo a pegada carbónica e os custos logísticos e, de uma forma geral, contribuindo para a sustentabilidade”, explicou Paulo Loureiro.

Os nossos produtos têm um impacto indireto na vida e na rotina de 5,3 biliões de pessoas. Como organização queremos ser reconhecidos como parceira ativa na melhoria de processos industriais, com longevidade e estabilidade, pois o facto de sermos um grupo de raízes familiares profundas garante que estaremos cá amanhã, depois de amanhã ou daqui a dez anos. As melhores decisões empresariais são tomadas com base em dados e, nessa medida, dispomos de um dos mais abrangentes e completos portefólios ao nível da digitalização e temos um foco de estreita colaboração com a indústria, pois sem ela não conseguimos desenvolver produtos e soluções inovadoras”, acrescentou o Diretor-Geral da Endress+Hauser Portugal.

Visão de longo prazo

Laurent Mulley, Chief Sales Officer na Endress+Hauser explicou como a Companhia tem cultivado a disponibilidade para apoiar os clientes a alcançarem a sua própria sustentabilidade, oferecendo soluções tecnológicas que concorrem para a eficiência e controlo de processos que envolvem recursos críticos, tais como a água ou a energia.

“A família que fundou esta empresa há mais de 70 anos tem uma longa preocupação
com a sustentabilidade. No entanto, para perseguir esse objetivo foi necessário assegurar, também, o sucesso empresarial. Por isso se torna muito relevante falar de sustentabilidade numa companhia em que tudo é conduzido por esta visão e estratégia de longo prazo”
, salientou Laurent Mulley. “Não podemos controlar o que não podemos medir e é essencial dispormos de dispositivos desenvolvidos para conseguir obter dados qualitativos e tomar decisões cada vez mais eficientes. Há ainda muitas oportunidades de poupança no consumo de energia. A monitorização compreensiva dos consumos de energia pode gerar poupanças entre 5 e 15%. A Endress+Hauser é o parceiro ideal para conseguir estas metas”, disse Laurent
Mulley, que explicou, também, os contornos da recente parceria estratégica entre a Endress+Hauser e a empresa alemã de sensores Sick, que se vai concretizar, a partir de 2025, numa estrutura com 800 colaboradores envolvidos na comercialização, produção e desenvolvimento de dispositivos de análise de processo e medidores de fluxo de gás.

Texto e fotos por Carlos Saraiva


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