A edição do Robocup 2022 aconteceu nos primeiros dias de junho, no Multiusos de Guimarães. Quem entrou pelo pavilhão da cidade berço de 1 a 4 junho não ouviu só falar português. Ouviu francês de um lado, croata do outro. Ou italiano, ou inglês, ou alemão, ou sueco. Existia um murmúrio no ar, várias línguas juntas, mas um sentimento em uníssono: o gosto pela robótica.
Era para ter sido em 2020, mas devido ao Covid-19, o evento só aconteceu este ano, com cerca de 700 participantes. Durante o certame, a sala principal do Multiusos foi dividida em 8 zonas: Science Expo, Home Education, Rescue, Soccer, Roboparty Fun Challenge, Middle Size League, Small Size League e On Stage. Nesses espaços, as equipas dos 15 países participantes puderam testar e aprimorar os seus robots, quer a nível de hardware, quer de software, durante as 14 provas da competição.
Esta edição do Robocup, apesar de ser a primeira em Portugal, foi a terceira a ser organizada, depois de ter passado pela Itália em 2018 e pela Alemanha em 2019. O objetivo deste evento é estimular o ensino STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática). Na prática, o RoboCup é um desafio científico de ciência e tecnologia, onde universidades e centros de investigação desenvolvem robots autónomos para superar desafios práticos como jogar futebol, resgatar pessoas, executar tarefas domésticas e encontrar soluções de automação de fábrica.
Para o coordenador do evento, Fernando Ribeiro, o Robocup 2022 foi um sucesso e um “reconhecimento do que se tem feito” ao longo dos últimos 20 anos. “Durante 10 meses de trabalho, foram ainda desenvolvidas 50 experiências científicas interativas para a Science Expo. Decorar as fórmulas não é o mesmo do que experimentar”, salientou, mostrando que o campeonato foi tanto sobre competição como sobre a aquisição de novos conhecimentos. “É notório como muitas equipas desapareceram (com o Covid), mas há outras novas que surgiram cheias de força”, referiu com surpresa.
A sessão de abertura do campeonato contou com a presença da Pró-Reitora da Universidade do Minho, Teresa Ruão, e do Presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança. Ao longo da cerimónia, vários agradecimentos foram feitos à botnroll.com, à LAR e à Universidade do Minho, organizadores do evento. A competição contou com o alto patrocínio do Presidente da República, o apoio do Município de Guimarães, da Ciência Viva, do CIM do Ave e o auxílio de 80 voluntários.
O Robocup 202 fechou com chave de ouro, depois de um jogo “renhido” entre uma equipa de robots dos Países Baixos e a equipa feminina do Vitória SC. Com o fim do certame, foram ainda descobertos os vencedores das provas tendo sido a Itália, a Hungria, a Croácia, a Alemanha, a Espanha, a França e os Países Baixos os primeiros classificados. Os pódios podem ser todos consultados nas redes sociais do evento.
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