Dois dos maiores desafios dos nossos tempos são a redução das emissões de CO2 e a luta contra as alterações climáticas, algo que a atual crise provocada pelo Covid-19 só veio reafirmar. É certo que o período de confinamento provocou a maior queda de emissões de CO2 alguma vez registada, mas esta será temporária – por exemplo, só em março a China aprovou uma operação para alimentar as suas fábricas a carvão que supera a quantidade total de 2019. Segundo o Global Energy Monitor, poderá ter sido uma tentativa de reativar rapidamente a economia interna e vários outros países poderão querer fazer o mesmo.
Se quer limitar o aumento médio da temperatura global a 1,5ºC e manter-se competitivo na economia digital, o setor industrial deve fazer a transição para um mundo mais limpo, elétrico e digital. Deve fazer mais com menos. No entanto, apesar dos progressos tecnológicos de que já dispomos e dos seus potenciais benefícios, muitas empresas do setor continuam a sentir dificuldades para fazer esta mudança – não é fácil alcançar este novo mundo industrial mais eficiente, e menos ainda na situação atual.
Acelerar a transição para um mundo digital e elétrico
Para resolver esta questão, deveríamos primeiro perguntar-nos o que nos tem estado a travar – é que o lento progresso na direção da sustentabilidade e também na adoção da digitalização partilham as mesmas barreiras. Entre elas, destaca-se encontrar a solução tecnológica adequada, o acesso à tecnologia e a sua lenta adoção, a falta de know-how na sua implementação, a integração de novas tecnologias e ainda a existência de lacunas e problemas na cadeia de distribuição.
Em última instância, tanto a luta contra as alterações climáticas como a transformação digital requerem trabalho colaborativo e a capacidade de gestão de mudanças. Conseguir que todos os players estejam alinhados e avancem na direção certa é, seguramente, uma das maiores dificuldades quando se trata de proteger o meio ambiente. Em paralelo, para impulsionar a digitalização das empresas é imperativo derrubar barreiras e facilitar o intercâmbio entre elas.
As plataformas abertas de colaboração, como a Schneider Electric Exchange, podem ser a solução que ajude a acelerar ambos os pontos, já que permitem conseguir cooperação e inovação sem precedentes. Trata-se de unir as capacidades e a experiência de cada um para, posteriormente, preencher as lacunas e resolver os problemas em conjunto.
Colaborar para inovar
São muitos os casos de êxito que têm surgido desde que a nossa plataforma foi apresentada em abril de 2019. Um bom exemplo é o da JPI Solutions: esta empresa integradora de sistemas juntou-se à Schneider Electric Exchange pois procurava uma solução que lhe permitisse realizar pedidos fora do horário laboral; utilizou a funcionalidade “pesquisa contextualizada” da plataforma e encontrou uma solução específica através do parceiro tecnológico certificado Gen7 Systems.
Os ingredientes essenciais para um ecossistema digital de sucesso são a abertura e a fiabilidade. Fazer da SE Exchange uma plataforma aberta e fiável é vital para permitir que uma rede formada por, aproximadamente, 50 000 profissionais muito distintos possa colaborar de forma eficaz para inovar e codesenvolver soluções de automação industrial.
O nosso objetivo é que ela ofereça não apenas soluções tecnológicas, mas também acesso a consultores e especialistas, para ajudar as empresas a tomar medidas mais contundentes e mais rápidas a favor da eficiência, sustentabilidade e inovação comercial – aspetos que serão absolutamente fundamentais no mundo pós-COVID-19.
Inês Rodrigues
Industry Sales Manager
Schneider Electric