À míngua de profissionais qualificados devem-se a vários fatores, sendo um deles, talvez o mais significativo, a fuga da massa cinzenta deste país para outras áreas mais “limpas” e atrativas. A imagem associada ao setor de “forte e feio” tornou-o menos atrativo para os jovens, levando a esta carência de profissionais qualificados.
No entanto convém frisar que o setor conta com muitos profissionais ao seu dispor e a pergunta que se coloca é, o que é que feito para a qualificação desses profissionais? Não sendo um setor atrativo para os jovens, o que é que é feito para o aumento de competências dos que cá estão?
A evolução tecnologia tornou a maior parte das tarefas do setor pouco visíveis, com muito dificuldade em ser escrutinado a sua produtividade e isso tem conduzido a um desleixo da preparação e da qualificação dos seus profissionais.
O aumento da qualificação dos trabalhadores deste setor não pode, nem deve estar dependente do anseio destes em procurar melhorar as suas competências, é urgente alguém pensar com eles e definir percursos profissionais e de formação condizentes com a melhoria continua das suas competências. Os recursos humanos, de cada empresa, devem ser capazes de elencar, por exemplo, as 10 principais competências de cada profissão e promover junto dos seus múltiplos colaboradores o seu domínio, através da definição de percursos formativos personalizados e cuidadosamente programados e também com percurso profissionais cuidadosamente pensados e programados no tempo. Excelentes profissionais não aparecem de geração espontânea, salvo raríssimas exceções, é preciso saber criá-los, programando de forma assertiva o seu percurso formativo e profissional de forma adequado e isso compete essencialmente aos departamentos dos recursos humanos das empresas.
Américo Costa
Engenheiro Mecânico – FEUP
Departamento de Formação do CENFIM
Para ler o artigo completo faça a subscrição da revista e obtenha gratuitamente o link de download da revista “robótica” nº131. Pode também solicitar apenas este artigo através do email: a.pereira@cie-comunicacao.pt

Outros artigos relacionados
- Artigo “Apostar nas competências para o reforço da produtividade na metalomecânica” da edição 129 da revista robótica;
- Artigo “O fabrico digital e a baixa produtividade no setor metalomecânico” da edição 125 da revista robótica;
Fonte da imagem: bomdia.eu
VOCÊ PODE GOSTAR
-
Airbag e a importante combinação com outros dispositivos de segurança em veículos – 1ª parte
-
Redesenhar profissões do setor metalomecânico
-
Fatores que influenciam o rigor dimensional nos processos de fabrico por arranque de apara – 1ª Parte
-
Produtividade, conhecimentos e competências
-
Relação entre a intercambiabilidade das peças e a definição de toleranciamento dimensional e geométrico