A revolução tecnológica que aconteceu, sobretudo a partir dos meados dos anos 90, teve o condão de tornar muitas das tarefas diárias “ocultas“, ou seja, muitas das tarefas diárias dos nossos profissionais de metalomecânica passaram a ser e difíceis de avaliar visualmente. Muito do que fazemos passou a ser complementado e controlado digitalmente, com recurso a múltiplas aplicações informáticas, ou executado de forma robotizada em equipamentos CNC. Até aos finais dos anos 80, uma simples observação global de uma oficina permitia obter uma visão global do ritmo do trabalho em curso. Atualmente isso já não é mais possível, avaliar a quantidade e a qualidade do trabalho por mera observação visual tornou-se uma tarefa inglória. Sendo esta a realidade atual, tem-se que desenvolver novos procedimentos e novos modelos de gestão que nos permitam a otimização do trabalho em metalomecânica e que promovam o uso adequado dos recursos tecnológicos sem essa observação direta.
Desenvolvimento
Atualmente, as nossas empresas estão dotadas com meios tecnológicos significativos, ao nível do que existe de melhor no mundo. No entanto, não nos podemos esquecer, que para que toda esta tecnologia faça sentido e seja bem aproveitada é também muito importante apostar na formação dos seus profissionais. Apostar em mais recursos tecnológicos com profissionais mal preparados é contraproducente. Os recursos tenológicos de uma empresa de metalomecânica devem estar ajustados ao nível técnico dos seus profissionais.
Formar profissionais para o setor não se pode resumir ao ato de ministrar um conjunto de cursos diversificados, a amplitude funcional exigida aos nossos profissionais, fruto da pressão do desenvolvimento tecnológico, vai muito para além das competências que os cursos possam conferir.
Américo Costa
Engenheiro Mecânico – FEUP
Departamento de Formação do CENFIM
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