A NANOMAT – Associação para a Investigação e Desenvolvimento em Materiais Avançados e Aplicações, estrutura que se propõe impulsionar a inovação e a competitividade da indústria portuguesa, foi criada por iniciativa da Nova School of Science and Technology | FCT NOVA e do Instituto Superior Técnico (IST). Recém-criada, a 26 de outubro de 2022, por investigadores da FCT NOVA e do IST, contou com vários signatários que se juntaram à causa, oriundos de empresas privadas de diversos setores, de universidades, institutos e politécnicos, institutos tecnológicos, associações e municípios.
Criar uma ponte entre as autarquias, as pequenas e médias empresas e os centros de investigação e institutos, abrangendo toda a cadeia de valor em materiais avançados, é a meta. “Queremos criar sinergias que nos permitam inovar em diversas áreas-chave da energia, saúde, transportes e tecnologias da comunicação e informação”, declara Rodrigo Martins, Professor do Departamento de Ciências dos Materiais da FCT NOVA, destacando que “só assim poderemos criar um ecossistema de classe mundial para potenciar tecnologias de ponta”. É objetivo da Associação NANOMAT “tornar a economia portuguesa mais competitiva a nível global”, através da “utilização crescente de recursos domésticos e menor dependência de recursos externos”. Os materiais avançados prometem apresentar respostas para diversas problemáticas atuais, “da mobilidade aos cuidados de saúde, energia e alterações climáticas” – tudo numa economia orientada para a “eco sustentabilidade e tecnologias verdes”. A NANOMAT irá, assim, acelerar a ciência e inovação, promover a criação de emprego na área, fomentar a competitividade e contribuir para a descarbonização da sociedade. O impacto exterior – nomeadamente europeu – também é expetável com a atração de talento internacional, a resposta a prioridades políticas da União Europeia e a internacionalização de produto português.
Alguns exemplos da aplicação dos materiais avançados: transporte (criação de ligas mais leves, polímeros e materiais compósitos eco-sustentáveis, novos materiais arquitetónicos), energia e ambiente (eco materiais para redução da pegada do CO2, novos materiais e arquiteturas para novas energias renováveis como células solares, baterias e supercondensadores), saúde (novas soluções de saúde como biomateriais, engenharia de tecidos e nanoestruturas para plataformas inteligentes de diagnóstico), tecnologias de informação e comunicação (fabrico e desenvolvimento de sensores e dispositivos – memórias, transístores, circuitos integrados – à nano escala, explorando tecnologias verdes e de baixo custo e usando materiais recicláveis, isto é, a eletrónica sustentável), infraestrutura nuclear (fundação de um polo de ciência, tecnologia e inovação de excelência, ao cruzar sinergias e gerar redes simbióticas).