Este artigo aborda a importância da cibersegurança ao longo de todo o ciclo de vida dos robots, por forma a garantir a segurança dos utilizadores e a fiabilidade destas tecnologias nas nossas vidas.
Nas sagas Fundação e Robots, Isaac Asimov resolve o problema da segurança dos seus robots de uma forma que está presente no imaginário de quem trabalha nesta área: introduzindo as suas três (mais tarde, quatro) leis da Robótica como fator intrínseco ao funcionamento do cérebro positrónico que regia o comportamento dos seus robots, garantindo assim que estes teriam sempre como prioridade a vida dos seres humanos.
- Um robot não pode causar dano à humanidade ou, por omissão, permitir que a humanidade sofra algum mal.
- Um robot não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal, exceto nos casos que entrem em conflito com a Lei Zero.
- Um robot deve obedecer às ordens dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a Lei Zero ou a Primeira Lei.
- Um robot deve proteger a sua própria existência, desde que tal não entre em conflito com a Lei Zero, a Primeira Lei ou a Segunda Lei.
Tradução livre para Português das Três Leis da Robótica de Asimov, com a adição da Lei Zero
A adição da Lei Zero trouxe uma dimensão mais profunda ao conceito das Leis da Robótica de Asimov, destacando a importância da ética, da responsabilidade e do controlo no desenvolvimento de robots avançados. A ideia de equilibrar ações individuais com o benefício geral da humanidade continua a ser um tema relevante nas discussões éticas sobre robótica e inteligência artificial nos dias de hoje, e é também neste contexto que a cibersegurança ocupa um lugar essencial. Na ausência da capacidade de implementar as Leis de Asimov, é na segurança que temos de procurar os controlos necessários ao funcionamento seguro e controlado destes equipamentos.
Atualmente, os robots caraterizam-se pela sua variedade de formas e funções. Desde os robots industriais presentes nas linhas de produção fabris, até aos robots médicos que apoiam em cirurgias complexas, encontramos uma panóplia de formas e funções ligadas a atividades profissionais. Mais perto de nós, na esfera pessoal, encontramos robots cuidadores de idosos que fornecem apoio e companhia; os veículos autónomos que trazem a promessa de revolucionar a indústria automóvel, tornando a condução
mais segura e eficiente; e, claro, os robots pessoais cada vez mais comuns, encarregues de tarefas domésticas, companhia e entretenimento.
Jorge Pinto
Presidente
Associação Portuguesa para a Promoção da Segurança da Informação (AP2SI)
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- Dossier “Cibersegurança Industrial” da edição 114 da revista “robótica”;
- Reportagem “Normalização de seguranças de máquinas: competitividade, internacionalização e desafios” presente na revista “robótica”;
Fonte da Imagem: Freepik
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