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Como podem as organizações usar soluções de software de gestão de energia para se aproximar do Net Zero

Como podem as organizações usar soluções de software de gestão de energia para se aproximar do Net Zero

À medida que a sustentabilidade se torna um objetivo global, as grandes organizações estão a assumir compromissos ambiciosos para descarbonizar a operação dos seus edifícios e conservar recursos. No total, os edifícios são responsáveis por 40% das emissões globais, o que os torna uma área de foco crítica das empresas na redução da sua pegada de carbono.

Mas há um problema. Muitas organizações não sabem por onde começar a descarbonização das suas operações – muito menos têm os dados necessários para definir metas realistas. Sem essa informação, é difícil tomar decisões informadas e desenvolver um programa de sustentabilidade eficaz. Considere o caso de uma empresa com vários edifícios em diferentes níveis de eficiência, em diferentes regiões, com diferentes equipas a gerir variados aspetos da transição para a sustentabilidade. Como se pode imaginar, acompanhar e reportar a evolução desta empresa, ou de qualquer organização, pode ser extremamente complicado.

Entender as diferenças entre as emissões de tipo 1 e 2, e como medir cada uma, também pode aumentar a confusão.

  • As emissões de tipo 1 são emissões diretas provenientes de ativos próprios, como edifícios ou equipamentos;
  • As emissões de tipo 2 são emissões indiretas provenientes da produção da energia (Elétrica, Térmica, entre outros) adquirida às empresas de distribuição.

Com os legisladores e reguladores a aumentarem a pressão por evidências de avanço em direção às metas Net Zero, os gestores dos edifícios terão de encontrar uma maneira de lidar com a confusão e reportar com precisão o desempenho dos edifícios. O cumprimento destes compromissos exige a definição de indicadores de progresso (KPIs: Key Progress Indicators) e de um sistema fiável para monitorizar essa evolução.

De acordo com um relatório recente da Harvard Business Review, apenas 27% das empresas têm algum tipo de indicadores ambientais ESG KPIs (ESG: Environmental Social and Governance) definidos, e apenas 3% estão a usar um sistema completo de métricas.

Felizmente, as mais recentes soluções de software de gestão de energia podem ajudar as organizações a compreender melhor o seu nível atual de sustentabilidade operacional, definir metas realistas para poupar energia e evitar emissões, e monitorizar e reportar a evolução para a certificação dos edifícios e relatórios corporativos.

O desafio de medir com precisão a evolução em direção ao Net Zero

Contabilizar as emissões, compreender as regras de como criar relatórios sobre emissões de gases com efeito de estufa (GEE) e saber que medidas de melhoria nos edifícios são mais apropriadas, pode ser como aprender uma nova língua. Em muitos casos, as organizações têm equipas diferentes com métricas ou formas diferentes de abordar os mesmos desafios e objetivos. As equipas de Facility Services e de gestão das operações analisam as coisas em termos de custos e recursos associados à operação dos edifícios, enquanto as equipas de sustentabilidade falam sobre emissões e impacto ambiental. As organizações precisam de encontrar métricas padronizadas, criando uma linguagem comum entre as suas equipas de forma a criar uma melhor transparência e clareza.

Muitas organizações estão a assumir este desafio de monitorização dos dados e de criação de relatórios de uma forma manual. Mas criar e manter todos estes documentos manualmente é um processo complicado e pouco fiável. As despesas associadas às operações dos edifícios vêm em diversos formatos e cada fornecedor pode usar métodos diferentes para registar a sua utilização. Muitas empresas digitalizam as diversas despesas e, em seguida, introduzem manualmente os valores em folhas de cálculo para cada recurso (eletricidade, gás, entre outros) de cada instalação.

Robbie Davis
Gestor de Produto Sénior, Soluções Digitais
Johnson Controls

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