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Determinar condição do óleo através de sensores

Determinar condição do óleo através de sensores

A importância das novas tecnologias na Manutenção, Confiabilidade e Operação – MRO (Maintenance, Reliability & Operation).

As novas tendências em manutenção preditiva, através de novos desenvolvi­mentos na área da monitorização das condições do óleo em tempo real, são um dos temas emergentes com maior in­teresse para alguns sectores da indústria.

No mundo industrial actual, com uma grande panóplia de máquinas e equipamentos, é crucial poder ter uma forma eficaz de monitorizar o estado dos lubrificantes de modo a optimizar a produção e a manutenção, conseguindo assim uma maximização dos resultados. Em muitos sectores industriais, das in­dústrias petroquímicas à energia eólica, dos estaleiros de construção à marinha, da indústria siderúrgica aos cimentos, da indústria mineira à ferrovia e transportes, a procura por sistemas de monitorização de lubrificante precisos e fiáveis nunca foi tão grande. A forma convencional de análise de óleo normalmente utilizada até agora, através do envio de amostras de óleo para um laboratório, é um mé­todo por vezes caro e lento, fornecendo uma visão intermitente do estado do óleo. Os avanços nos sensores e nas tec­nologias digitais (IIoT) possibilitam agora monitorizar continuamente o estado do lubrificante em tempo real, com um mí­nimo de intervenção humana.

Actualmente existem várias tecno­logias e fornecedores que possibilitam soluções de monitorização de lubrifi­cantes utilizando sensores da qualida­de de óleo, sensores de contagem de partículas, sensores de análise de metais de desgaste e outros sensores para mo­nitorizar em contínuo vários parâmetros essenciais para determinar a condição do lubrificante. Com estas tecnologias, é possível fornecer, aos gestores de ac­tivos, informações em tempo real sobre a condição do óleo e dos seus equipa­mentos, permitindo-lhes minimizar os custos com paragens não programadas e os custos de reparação, reduzindo também os danos devido a falhas mecâ­nicas, maximizando deste modo a vida útil dos seus activos.

A análise tradicional de óleo para a monitorização do estado do lubrifican­te e do equipamento, apresenta algu­mas limitações. Estas limitações advêm do processo que envolve várias etapas, sendo o principal a recolha da amostra, pois será esta que vai determinar a qua­lidade do resultado final da análise. Sem uma correcta recolha da amostra não se poderão ter resultados fiáveis e compa­ráveis ao longo do tempo. Depois, ao longo do processo da realização dos ensaios do óleo, existe sempre o factor humano e o factor da fiabilidade dos equipamentos utilizados, que podem levar à existência de erros, embora ac­tualmente estes estejam minimizados, fruto das mais apertadas e completas certificações dos laboratórios utilizados para o efeito. Esta abordagem tem sido utilizada desde há muitos anos e é ge­ralmente considerada um método con­fiável e eficaz para monitorizar o estado dos lubrificantes e das máquinas. No entanto, esta abordagem tem algumas limitações, incluindo o tempo necessá­rio para a recolha das amostras, o seu envio, análise e respectiva interpretação dos resultados. Todo este processo pode levar de 2 a 15 dias, desde a colheita da amostra à recepção dos resultados, de­pendendo dos laboratórios e do méto­do de transporte das amostras. Outro factor a ter em conta é o custo associa­do, especialmente para grandes unida­des industriais com um grande número de máquinas e sistemas, onde os custos totais da realização das análises e da sua recolha podem ser bastante significati­vos. Por sua vez, outro caso é quando es­tão em causa equipamentos em locais remotos e de difícil acesso, onde, para se recolher uma amostra, é necessário mui­tas vezes a deslocação de uma equipa, com óbvios custos associados.

Pedro Vieira
MOOVE – Lubrigrupo

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