Contrinex
controlo de movimento

Tendências da automação e controlo de movimento

O dossier “Tendências da automação e controlo de movimento” é composto pelos seguintes…

A automação e o controlo dos processos industriais sofreram, ao longo dos anos, constantes evoluções quer ao nível do controlo do processo quer do controlo de movimento promovendo ou antecipando diversas revoluções industriais.

Na verdade, o ser humano foi desen volvendo ao longo de milhares de anos técnicas e metodologias que lhe permitiram aproveitar as forças naturais como o vento e os cursos de água. Se, por um lado, tirava partido destas forças vivas por outro tinha a necessidade de as controlar garantindo, através de mais ou menos pano nas velas de um moinho ou mais ou menos impulso nas pás de uma azenha, controlar a velocidade das mós do moinho, isto é, realizar o controlo da velocidade das mós. Por outro lado, e em termos mecânicos, este controlo de velocidade foi, durante muitos anos, conseguido com recurso a sistemas mais ou menos complexos de polias, volantes e rodas dentadas que reduziam ou aumentavam a velocidade de funcionamento, por exemplo, dos teares movidos hidraulicamente.

Com o desenvolvimento das máquinas a vapor surge o controlo centrífugo e, como tal, o controlo de velocidade das mesmas. Este sistema controlava a abertura ou fecho de uma válvula de vapor aumentando ou diminuindo o binário do motor, de acordo com o maior ou menor afastamentos das esferas, tornando a velocidade do motor o mais estável possível. Num passado mais recente, o controlo de velocidade e de movimento foi e ainda é, em algumas situações, realizado com redutores e motorredutores permitindo obter um grande número de binários e relações de transmissão bem como uma boa relação entre potência, economia e espaço. Mais recentemente, com o advento dos controladores e dos variadores/inversores de frequência foi possível tirar partido do acionamento trifásico e do controlo digital. Deste modo tornou-se possível obter, com os motores trifásicos assíncronos, elevados níveis de eficiência, desempenho, fiabilidade e caraterísticas de dinâmica e qualidade de controlo até agora só possíveis com motores de Corrente Contínua.

Naturalmente que ao falarmos de controlo industrial, nomeadamente do controlo distribuído, não podemos deixar de referir as redes de comunicação, e com elas todos os sistemas remotos de controlo e aquisição de dados, Entradas/Saídas, que são dos sistemas que sofreram maiores evoluções nas últimas décadas acompanhando a tendência global de evolução das telecomunicações móveis, da Internet, das comunicações sem fios (wireless), entre outros. A utilização destes meios permite a comunica rápida e fiável entre os equipamentos e o uso de mecanismos padronizados (Asi, Modbus, CANopen, Profibus, Device Net e Ethernet TCP/IP) que são, hoje em dia, fatores indispensáveis no conceito de produtividade industrial. Com esta proliferação de redes de comunicação, nomeadamente a Ethernet TCP/IP, abriram-se as portas para a mais recente revolução industrial, Industria 4.0, tendo com base os conceitos IoT – Internet of Things e o M2M – Machine to Machine suportados pela rede global que é a Internet.

Poderia afirmar, em termos de conclusão, que o futuro da automação e do controlo é já hoje passado, pois a evolução dos sistemas de automação e controlo é de tal forma rápida que o futuro é já passado.

Adriano A. Santos

O dossier “Tendências da automação e controlo de movimento” é composto pelos seguintes artigos:

Para ler o dossier completo faça a subscrição da revista e obtenha gratuitamente o link de download da revista “robótica” nº102. Pode também solicitar apenas este dossier através do email: a.pereira@cie-comunicacao.pt

dossier

Outros artigos relacionados

Translate »