O tratamento e a gestão dos recursos hídricos são tarefas primordiais para a sustentabilidade da população quer em termos económicos, quer de saúde. Neste sentido todos devemos ser chamados a intervir neste processo adotando um comportamento mais “verde” que vise a diminuição dos consumos de água, das perdas e essencialmente o desperdício. Se por um lado, enquanto consumidores finais, devemos tratar a água como um bem escasso a curto prazo, para cerca de dois terços da população mundial, enquanto agentes de desenvolvimento económico devemos, também, promover a eficiência dos recursos.
A eficiência e a otimização dos recursos hídricos atuais não poderá ser encarada como uma ação individualizada de uma ou duas entidades/países, mas sim como uma ação global em que a diminuição dos gastos energéticos da extração, do tratamento, da distribuição, do controlo e da monitorização, de consumos e de perdas, devem e poderão ser substituídos por sistemas solares, eólicos, bem como pela implementação de sistemas de recuperação de energia, monitorizados em tempo real.
A escassez de água, que afeta atualmente 700 milhões de pessoas, advém não só das alterações climáticas, mas essencialmente do crescimento populacional e urbanizacional que se traduz num consumo desmedido destes escassos recursos. Nesta perspetiva, é importante dirigirmos a nossa atenção para os sistemas que, diariamente, permitem o tratamento das águas residuais domésticas. Na verdade, e para combater esta cada vez maior escassez de recursos hídricos, o tratamento das águas residuais domésticas e a sua posterior reintrodução no ciclo de distribuição, assume, mais do que nunca, um fator de extrema importância e mesmo vital para a sobrevivência, em meio urbano, de uma sociedade cada vez mais consumista. Neste sentido, o tratamento e o controlo das águas residuais domésticas e pluviais, importante para a sustentabilidade, deverá ele também ser devidamente monitorizado, de modo a tornar-se o mais eficiente possível não só do ponto de vista dos acionamentos, controlo de velocidade dos acionamentos mecânicos, mas também do ponto de vista das quantidades de aditivos adicionados ao longo do processo, dos níveis de pH e durabilidade do mesmo.
A gestão da água começa e termina com a nossa gestão financeira, menores consumos menores gastos.
Adriano A. Santos
O dossier “Gestão e tratamento de água” é composto pelos seguintes artigos:
- Água da vida – sustentabilidade e eficiência energética na indústria da água
- Abastecimento de água – telegestão da infraestrutura: implementação faseada
- Departamento de Indústria e Ambiente, Contimetra
- Manutenção de redes de água
- Pedro Santos, Gestor de Produto e Sérgio Gonçalves, Gestor Técnico, F.Fonseca S.A.
- Sistemas de “Bombagem Inteligente de Água”: a solução para grandes poupanças no fornecimento de água e de tratamento de águas residuais
- Joaquim Espadinha, Product Application Engineer de Drives Systems, Schneider Electric Portugal
- Utilização de conversores de frequência no tratamento de água – oxigenador de águas residuais
- Luís Reis Neves, Departamento de Engenharia, SEW-EURODRIVE Portugal
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