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Mesa Redonda sobre Robótica

Esperemos que esta pandemia nos abra a porta para a modernização e para a integração dos robots no setor produtivo pelo que deveremos encarar a situação atual como uma oportunidade de crescimento e de melhoria.

Nesta “Mesa Redonda” a revista “robótica” falou com alguns dos principais players do setor para conhecer a realidade atual e as perspetivas para o futuro da robótica em Portugal.

Atualmente é incontornável abordar um qualquer tema que não passe pela pandemia da Covid‑19. No entanto, separando todos os malefícios e o confinamento que esta pandemia causou e poderá vir a causar a curto e a médio prazo, alguns dos novos hábitos serão, efetivamente, desenvolvidos e adotados doravante. É neste contexto de confinamento e de distanciamento social que o teletrabalho desempenha um papel muito importante não só no setor industrial, mas também, nos setores alimentares e de consumo.

Esta nova perspetiva de trabalho levou a que uma grande parte dos setores de serviços e produtivos continuasse a desenvolver, mesmo que de modo parcial, as suas atividades. Este suporte, realizado com base nas tecnologias de comunicação, permitiu-nos realizar conferências, ministrar aulas e mais que tudo, em alguns casos, continuar a trabalhar. No entanto, teremos de assumir que algumas pontas, quer do setor produtivo como dos serviços, ficaram por atar não só pelo facto de se tornar difícil, ou mesmo impossível, realizar tarefas que, de algum modo, carecem ou careceriam da presença humana. É verdade que em muitas das situações podemos usar o termo “careceriam de” uma vez que de modo síncrono fomos interagindo com os nossos idosos, sem o afeto familiar, um carinho ou um abraço, com os alunos, sem a componente físicas dos equipamentos e dos olhos nos olhos, e com os equipamentos que, em muitas situações já se inseriam no domínio das atividades à distância, programação remota de equipamentos. Mesmo assim, muito ficou por fazer. Não será possível embalar uma caixa de ovos se não tivermos pessoas que o possam fazer, por que se encontram confinadas ou porque as instalações se encontram em quarentena.

É efetivamente nestas áreas que a robótica pode e deverá ser utilizada. Disso são exemplo de vasta utilização os sistemas de soldadura, onde o operador posiciona a peça num trabalho conjunto homem-máquina, na pintura, processo que pode ser completamente automatizado, total ausência do ser humano e na paletização, processo misto ou totalmente automatizado. Por outro lado, de acordo com os exemplos muito simples de cooperação, será cada vez mais necessário olharmos para os diversos setores como um processo híbrido em que o ser humano coabita com robots numa atitude de entreajuda, ou seja, de colaboração. É este o campo de atuação que os cobots se apresentaram com um cartão de visita de versatilidade e de flexibilidade que nos permitiram dar respostas rápidas e de mais valia pela rapidez e facilidade com que podem ser integrados nos diversos contextos de trabalho.

Neste sentido, esperemos que esta pandemia nos abra a porta para a modernização e para a integração dos robots no setor produtivo pelo que deveremos encarar a situação atual como uma oportunidade de crescimento e de melhoria e não como um inconveniente ou um mal. A robotização será um benefício comum que se traduzirá num aumento de produtividade, de qualidade de vida e de um incremento das skills de todos os intervenientes. Será altura de investir no trabalho colaborativo, que dignifique a condição humana, onde o robot será o “braço direito” do operador.

Adriano A. Santos

O dossier Mesa Redonda sobre Robóticaé composto pelos seguintes artigos:

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