Será que gostamos demasiado de trabalhar?
O setor da Metalomecânica, à imagem de outros setores industriais, padece de um verdadeiro drama que importa analisar e resolver da forma mais rápida possível, que é a sua baixa produtividade.
O desenvolvimento acelerado da tecnologia, o aparecimento de diferentes ferramentas informáticas, associados aos diferentes departamentos das empresas não fomentaram o aumento da produtividade que era expectável. Este problema tem vindo agravar-se e nem as últimas gerações de jovens, dotados academicamente de uma escolaridade superior, tem conseguido resolver.
Em termos industriais aceitamos passivamente que algo demore muito tempo a ser executado, que o trabalho corra bem ou mal, que o sucesso da tarefa seja uma questão de sorte ou azar. Os métodos de trabalho, apesar de todos os recursos tecnológicos, são do século passado, em que o fabrico era baseado numa filosofia de tentativa e erro. O que seria natural, era que com a tecnologia atual, o fabrico, por exemplo, fosse executado de forma assertiva, sem necessidade dos ajustes, do parar a máquina, medir, corrigir e assim consecutivamente. O que falta então para esse desiderato?
Se analisarmos o histórico profissional e académico de excelentes profissionais apercebemo-nos que existem determinados padrões que se repetem. A formação académica é importante, mas não é decisiva, podemos encontrar e excelentes profissionais que possuem uma formação académica relativamente baixa.
Em relação aos conhecimentos técnicos específicos é natural que os profissionais altamente qualificados possuam uma gama de conhecimentos mais alargada, mas isso só por si não é decisivo, é possível encontrar muitas vezes jovens, altamente qualificados academicamente, que possuem uma grande gama de conhecimentos, mas isso não os torna automaticamente excelentes profissionais.
Américo Costa
Engenheiro Mecânico – FEUP
Departamento de Formação do CENFIM
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