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Robótica colaborativa: o futuro da produção industrial

Robótica colaborativa: o futuro da produção industrial

Neste artigo respondemos a duas grandes perguntas sobre a robótica colaborativa, uma das inovações que tem tido maior cobertura mediática nos últimos anos no mundo da automação: Quais os verdadeiros benefícios da robótica colaborativa? Será a robótica colaborativa a solução para todas as realidades de automação?

Analisando a realidade produtiva a nível global, verifica-se que a automação é uma realidade e muitas empresas estão nesta fase a analisar a possibilidade de diversificar as suas linhas de produção para reduzir a dependência de outras fábricas e de outros países. Esta aposta em muitos casos implicará a criação de novas linhas de produção e até de novas fábricas.

O processo de mudança já está a ocorrer, e a adaptação aos mercados de forma rápida, flexível e eficiente, tornou-se quase uma “obrigação” e torna-se evidente que a automação desempenhará um papel fundamental para a flexibilização produtiva de empresas dos mais variados ramos e setores.

E a questão que agora se coloca é: será a robótica colaborativa a solução e o futuro da produção industrial?

Que os robots industriais deixaram de ser vistos como o futuro para ser o presente é, atualmente, uma evidência. Uma parte importante desta tendência deve-se ao crescimento da competitividade do setor a nível global. Isto contribui para que a indústria permaneça em constante evolução, podendo levar a cabo produções mais rentáveis e com maior qualidade.

Historicamente, um robot industrial é definido como “um manipulador multifuncional, reprogramável e controlado automaticamente, programável em três ou mais eixos que pode estar fixo numa área ou móvel para uso em aplicações de automação industrial” (segundo a norma ISO 8373:2012) e, por razões de segurança, as zonas de trabalho dos robots industriais eram claramente separadas dos operadores, normalmente através de vedações ou outros elementos de segurança.

Se no passado víamos os robots industriais a trabalhar separados das pessoas, as barreiras de proteção não permitiam que ninguém interferisse no seu trabalho, há mais de dez anos nasceu o conceito de robótica colaborativa, um novo conceito de robótica, onde os operários e os robots partilham o mesmo espaço e trabalham em conjunto de forma totalmente segura. Estamos a falar de robots capazes de construir sinergias com trabalhadores, bem como trabalhar de forma totalmente automatizada, libertando assim o operário das tarefas mais perigosas e repetitivas.

Sem dúvida, este novo conceito de robot trouxe consigo uma revolução na indústria da automação. Agora é possível unir o trabalho físico, pesado e repetitivo que é desempenhado por um robot industrial com o valor que acrescentam as pessoas nestes processos.

Quando falamos hoje sobre robótica colaborativa industrial estamos a falar de um mercado já maduro e cheio de opções disponíveis, sendo que os principais fabricantes de robots a nível mundial já criaram a sua gama de robots colaborativos. Por exemplo, a FANUC possui uma das mais amplas gamas deste produto com os modelos CRX-5iA, CRX-10iA, CRX-10iAL, CRX-20iA e CRX-30iA. 

E se falamos de um conceito de robótica segura para os operários, que pode ser implementada de uma forma simples, não seria sensato colocar este conceito em prática no dia-a-dia de uma fábrica? Contudo, será a robótica colaborativa a solução para todas as realidades de automação?

o futuro da produção com a Robótica colaborativa

Benefícios da robótica colaborativa

A robótica colaborativa gira em torno de aplicações onde é necessária a interação entre o robot e o operador, sem elementos de proteção adicionais, quer devido ao funcionamento do próprio processo, quer devido a limitações de espaço disponível para instalação.

As vantagens mais importantes dos robots colaborativos em relação aos robots industriais tradicionais são a paragem por contacto, a simplicidade de programação, a possibilidade de “Manual Guidance”, entre outras possibilidades.

Por outro lado, como desvantagens mais importantes, ao terem de evitar danos em caso de contacto com o operário, apresentam limitações na capacidade de carga e uma velocidade muito mais reduzida em comparação com os robôs industriais convencionais.

Para enfrentar esta desvantagem, os robots colaborativos são concebidos para trabalhar junto dos operadores de forma colaborativa quando o robot e o operador partilham o espaço de trabalho, e de forma não colaborativa quando não o partilham.

Nuno Moreira
Engenheiro de Aplicações Robóticas
FANUC Iberia

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