De uma forma simplista, um robot corresponde a uma máquina que tem a capacidade de realizar um conjunto de tarefas complexas de forma automática. Estas podem ser efetuadas de um modo autónomo ou semiautónomo. Neste âmbito, um elemento crucial corresponde ao uso de sensores, permitindo assim uma adaptação das suas ações ao respetivo ambiente. [1]
Os robots móveis englobam todos aqueles que possuem a habilidade de se movimentarem no espaço (terrestre, aéreo ou líquido) e consequentemente interagirem com o ambiente, estando, portanto, sujeitos a toda a imprevisibilidade, incerteza e mudanças adjacentes ao mesmo. No fundo, um robot móvel não está restringido a uma determinada localização física. [1]
A implementação de robots móveis na área da saúde acarreta várias vantagens. Há inúmeras tarefas que pela sua natureza monótona e por vezes repetitiva, faz com que as pessoas não tenham vontade nem as queiram realizar. Como exemplo, pode-se referir a distribuição de refeições, medicamentos, entre outros, por todo o hospital. Quando estas tarefas começam a ser executadas por robots móveis, é originada uma maior satisfação por parte dos profissionais de saúde. Assim, gera-se uma maior produtividade ao mesmo tempo que possibilita que estes dediquem mais tempo aos doentes, melhorando tanto o seu atendimento e diálogo, como os cuidados prestados. Deste modo, é também gerada uma maior satisfação por parte dos pacientes.
Para além disso, inerente aos humanos há necessidades primárias e sensações como o cansaço, distração, sono, aborrecimento… que são acentuadas por turnos longos e tarefas extasiantes tanto fisicamente como mentalmente. Inevitavelmente, isto pode originar erros, mesmo que de forma inconsciente. Por outro lado, os robots não possuem estas sensações e não precisam de comer, descansar, dormir… (tirando o facto da sua bateria necessitar de carga), e, portanto, a sua eficiência não é afetada, ou seja, ainda que estejam a efetuar a mesma tarefa pela centésima vez, o seu comportamento continua a ser exemplar como se fosse a primeira vez.
A mobilidade de robots colaborativos – aqueles que, assegurando as questões de segurança, são desenhados com a finalidade de realizar tarefas em colaboração com humanos no mesmo ambiente – assume um papel cada vez mais fulcral na área da saúde, nomeadamente no serviço ambulatório, permitindo melhorar a experiencia dos pacientes e dos profissionais de saúde, uma vez que estes perdem menos tempo com tarefas monótonas, podendo dedicar mais tempo aos pacientes, o que gera maior empatia. O desenvolvimento de robôs móveis que auxiliem o regime ambulatório em ambiente hospitalar é também vantajoso pelo facto de possibilitar o atendimento médico para casos com baixa complexidade por forma a que o foco dos profissionais de saúde seja em atividades que necessitem efetivamente de pensamento crítico, criatividade e tomada de decisão, almejando-se a redução das filas de espera nos hospitais.
Assim, tornando-se de máxima importância conhecer as soluções atualmente existentes, os desafios e as investigações que decorrem nesta área, seguidamente será discutida e aprofundada a problemática aqui exposta.
Ana Oliveira, Ana Correia e Beatriz Teixeira
Supervisão: J. Norberto Pires
Universidade de Coimbra
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