Os robots e os equipamentos inteligentes são o melhor retrato do desenvolvimento da automação industrial. Estes são capazes de dar resposta aos mais exigentes padrões de qualidade dos mercados aumentando, significativamente, a produtividade das linhas. Esta realidade torna-se por demais evidente nas linhas de montagem de veículos automóveis onde a maioria das linhas de pintura e de soldadura são constituídas, praticamente, por robots que realizam as tarefas monótonas, perigosas, de alta precisão e os trabalhos pesados em detrimento da ação humana. Naturalmente que os robots não poderão imitar na totalidade a destreza, o comportamento e as capacidades sensórias e cognitivas de um ser humano no entanto encontram-se cada vez mais próximos desta realidade.
Não podemos ainda afirmar que longe vão os tempos em que os robots industriais eram pesados, trabalhando isoladamente e com proteções de segurança. Na verdade ainda não os podemos dispensar na sua totalidade, dado que são ainda muito utilizados em trabalhos sujos, perigosos e tediosos, reduzindo esforços repetitivos e lesões acidentais. Estes foram evoluindo ao longo dos tempos, não só esteticamente mas também em termos de funcionalidades, tornando-se cada vez mais leves e, como tal, parte integrante da bancada de trabalho, trabalhando lado-a-lado com o operador humano, de forma colaborativa e sem proteções. Estes robots ditos “colaborativos” podem ser utilizados e encontrados nas mais diversas linhas de montagem de equipamentos de pequeno porte, em sistemas de Pick&Place coadjuvados por um sistema de visão que orientam e posicionam o robot bem como no controlo de qualidade. Por isso, esta ligação, dependência, parceria ou sinergia, como lhe queiramos chamar, encontra-se de tal maneira cimentada numa grande parte da indústria mundial onde mesmo a movimentação de componentes, de produtos em curso e/ou produtos acabados são fruto de sistemas robotizados de transporte guiados por trilhos, magnético e não magnéticos, por faróis de controlo, por sistemas de visão ou por um outro qualquer controlo de movimentação de veículos ditos de AGVs, Automated Guided Vehicle.
Toda esta interligação, esta partilha de informação e controlo do estado de cada um destes intervenientes encontra-se dependente de um sistema de supervisão inteligente que permite que pessoas, máquinas, equipamentos e logística, entre outros, comuniquem e cooperem diretamente uns com os outros, quer seja pelos processos típicos, sala de controlo com software SCAD (Supervisory Control and Data Acquisition) quer pelo envio dos dados para uma cloud, pública ou privada, suportada pela IIoT (Internet das Coisas Industrial), quarta revolução industrial ou seja, a Indústria 4.0.
A robótica continuará a ter um papel de grande relevância nos sistemas produtivos que cada mais vez se define como um todo em que a supervisão e a comunicação entre pessoas, máquinas, equipamentos ou sistemas assumem o papel principal.
Adriano A. Santos
O dossier “Supervisão e robótica na indústria” é composto pelos seguintes artigos:
- Novo conceito de aquisição de dados e supervisão de processos baseado numa topologia IoT com publicação numa cloud
- Artigo adaptado por Eng.º Nuno Soutinho, Gestor de produto Processo e Instrumentação, F.Fonseca
- Visão artificial: do controlo de qualidade à contribuição em processos produtivos
- Será a IIoT uma nova tendência? No setor da produção, não.
- Rui Monteiro, Diretor Unidade de Negócio Indústria, Schneider Electric Portugal
- Conetividade sem contacto entre o controlo e a ferramenta nos robots
- Jaime Cabrera Martínez, Responsável de Maquinaria Mercado Ibérico, Weidmüller, S.A.
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