Os processos de fabrico, sobretudo os de arranque de apara, estão sujeitos a imprecisões, o que impossibilita o fabrico de qualquer peça de forma rigorosa de acordo com as cotas nominais estabelecidas. Estas imprecisões, maiores ou menores consoante os processos de fabrico
escolhidos, levam a que as dimensões finais de fabrico para serem validadas necessitem somente de ficar dentro de um intervalo, definido por uma dimensão máxima e mínima ou por desvios máximo e mínimo em relação à dimensão nominal.
Introdução
Os processos de fabrico, sobretudo os de arranque de apara, estão sujeitos a imprecisões o que impossibilita o fabrico de qualquer peça de forma rigorosa de acordo com as cotas nominais estabelecidas. Estas imprecisões, maiores ou menores consoante os processos de fabrico escolhidos, leva a que as dimensões finais de fabrico para serem validadas necessitem somente de ficar dentro de um intervalo, definido por uma dimensão máxima e mínima ou por desvios máximo e mínimo em relação à dimensão nominal. Qualquer dimensão de uma peça não precisa de corresponder a um único valor mas sim estar dentro de um intervalo de valores que não compromete a funcionalidade da peça. Estes intervalos são criteriosamente definidos pelo Desenhador/Projetista para que peças semelhantes possam ser substituídas entre si, sem que haja necessidade de ajustes. A prática demonstra que as medidas das peças podem variar, dentro de certos limites, para mais ou para menos, sem que isto prejudique a qualidade ou a sua funcionalidade. Esses desvios aceitáveis nas medidas das peças caracterizam o que chamamos de tolerância dimensional. As tolerâncias vêm indicadas, nos desenhos de fabrico, por valores e símbolos apropriados. As peças, em geral, não funcionam isoladamente, trabalham associadas a outras peças, formando conjuntos mecânicos que desempenham funções específicas. Num conjunto, as peças ajustam-se, isto é, encaixam-se umas nas outras de diferentes maneiras, por isso, devemos compreender e reconhecer os tipos de ajustamentos possíveis entre peças de conjuntos mecânicos.
Para que o processo de fabrico seja eficaz é fundamental que sejamos capazes de identificar normas e simbologia que determinam os desvios permitidos. Não é possível garantir o fabrico correto de uma peça se desconhecemos parte da simbologia ou outro tipo de informação técnica presente num desenho. Caímos e muitas vezes no erro comum que é Símbolo desconhecido ser igual a símbolo ignorado. A nossa baixa produtividade deve-se também ao não domínio total de toda informação relativa ao fabrico de uma peça, temos que saber interpretar toda informação lá descrita e aos desenhadores exige-se que sejam capazes de colocar toda a informação indispensável ao fabrico. Não cair no erro comum que é empurrar para a cabeça do operador da máquina a responsabilidade de completar a informação em falta. Isso até pode funcionar com o operador que temos hoje, mas amanhã com outro operador já não será possível.
Américo Costa
Departamento de Formação do CENFIM
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